[Resenha] O verão em que tudo mudou - Vinícius Grossos, Gabriela Freitas e Thais Wandrofski!
Título: O verão em que tudo mudou
Autor: Vinícius Grossos, Gabriela Freitas e Thais Wandrofski
Editora: Faro Editorial
Resenha: Em O verão em que tudo
mudou, temos três contos narrados – na ordem – por Frederico, Lavínia e Sol,
nos trazendo três histórias diferentes, com mensagens distintas, mas que ao
mesmo tempo nos traz algo incomum: Todos os três são jovens buscando seu
lugar ao sol e perdidos ao seu próprio jeito, nos mostrando todas as suas
trajetórias de crescimento, na busca de si mesmos. Os contos acontecem durante
os três meses que abraçam o verão, cada um em um mês e que de forma genuína, os
autores fazem uma conexão com os três protagonistas.
O primeiro conto acontece em
dezembro, se intitula “Quando infinitos se encontram” e foi escrito por
Vinícius Grossos. Esse primeiro conto nos traz a história de Fred, um jovem que
após concluir o ensino médio se vê frustrado por não ter planos para o futuro, não
ter sonhos. Fred não consegue pensar em um curso que goste, não vê perspectiva
em nada. O garoto trabalha em uma livraria e por ser um ambiente que gosta, seu
trabalho é a única coisa que lhe dá prazer - em sua vida de calmaria... Até a
véspera de Natal, quando uma garota cruza seu caminho aparecendo na livraria
quando ele já está prestes a fechá-la, exigindo que ele abra para que ela possa
devolver um presente que acabara de ganhar, inclusive de um rapaz que fez uma
compra com ele mais cedo. Esse furacão se chama Valentina e carrega um fato de
decepção. A garota descobriu que estava sendo enganada quando viajou para
encontrar um rapaz na cidade dele e descobre que o mesmo é casado. Agora, em
plena véspera de Natal, numa cidade que não conhece, está com dificuldade de
voltar para casa. Assim, depois de grudar na cola do Fred e de muito insistir,
o rapaz aceita ajudá-la. Não sabiam eles quantas emoções àquela noite reservava
aos dois e o que era para ser apenas uma ajuda, tornou a noite mais longa que o
esperado, cheia de surpresas e que quanto mais eles conversavam e se conheciam
- ao passo que eles se permitiam passar em vários lugares antes da rodoviária -,
mais se ajudavam de forma que nem eles mesmos sabiam que estavam o fazendo.
Valentina, o avesso de Fred, garota forte, desinibida, segura do que quer, aos
poucos contribui e muito para as descobertas do garoto que só queria entender o
seu papel aqui, num mundo onde pôde perceber que “quando os infinitos se
encontram, coisas maravilhosas podem acontecer”.
O segundo conto acontece em
janeiro e é intitulado de “Mantenha-se viva”. É um conto de Gabriela Freitas e
nessa história conhecemos a Lavínia, que após receber aprovação para faculdade
de arquitetura que era um sonho dos seus pais, percebe que há muito esse não
era mais o seu. Cansada de sempre viver para atingir as expectativas deles, a
garota decide jogar esse sonho dos seus pais para cima, mesmo sabendo o quão
seria doloroso tanto para eles quanto para ela - que sabia o quanto eles haviam
se esforçado para investir em seus estudos. Mas ela precisava se descobrir,
caminhar com os próprios pés e ser dona da sua própria história, nem que para
isso tivesse de abrir mão disso tudo. E em um conflito interior e depois de
muito pensar, ela decide que precisa de um mês longe de tudo isso e viaja para
Búzios. Ainda no ônibus conhece Cauê, um rapaz que oferece ajuda e depois de
achá-lo extremamente irritante, aos poucos vai baixando a guarda,
principalmente porque eles conviveriam bem próximos nos próximos 31 dias, simplesmente
porque Cauê é nada mais, nada menos que filho da dona da pousada que ela
escolheu para se hospedar. E na cidade litorânea, conforme os dias vão passando,
mais a garota, na companhia de Cauê que se mostra bem amigável e prestativo,
vai se descobrindo, experimentando situações novas, se abrindo para o novo e é aí
que a garota – até então insegura – começa a entender a frase “Mantenha-se viva”,
últimas palavras que sua irmã lhe disse antes de falecer. Lavínia aos poucos
começa a perceber o que precisava para crescer em si mesma, ela começa entender
que não precisava ser alguém que não era pra suprir a ausência da irmã na vida
dos pais, tentar fazer as coisas ao modo que sua Irma faria, pra diminuir a dor
de todos. E Cauê, assim como toda sua ida àquele lugar, teve papel fundamental
nessa (re)descoberta, que após os 31 dias ela já estava certa de para onde ir.
E no terceiro e último conto, que
acontece no mês de fevereiro e foi escrito por Thaís Wandrofski temos a
história de título “Pôr do sol”. Nesse conto a autora nos apresenta Sol, uma
garota extremamente organizada e totalmente adepta aos planejamentos. Sol tem
sua vida inteira na ponta do lápis e detesta que qualquer coisa saia do planejado.
Tudo começa a mudar após uma discussão com sua melhora amiga, Bia, que após uma
vida inteira escondendo o que realmente pensa da Sol, despeja umas verdades em
sua cara, mostrando-a o quanto ela é egoísta e só se importa com os próprios
problemas. Com isso, nossa protagonista começa a olhar pra dentro de si e
decide que sua amiga tem razão, fazendo-a refletir em todos os seus próprios pontos
em que precisa consertar. Sabendo toda a origem dos seus erros e os principais
motivos que a faz sustentá-los por tanto tempo, Sol começa uma autoanálise e
decide que quer ser uma pessoa melhor e mais altruísta. E para sua felicidade,
no decorrer de todo o mês, ela é posta à prova e quanto mais tenta movimentar
suas férias, mais vai encontrando motivos para provar que realmente pode e vai mudar
seu comportamento, não só para ser melhor para as pessoas ao seu redor, mas
principalmente para si mesma... Desde a começar a ouvir melhor sua melhor amiga, à ajudar uma desconhecida, ou dar um empurrãozinho no trabalho de um senhorzinho
que vende brownies. Durante a trama também acontece algo que movimenta e muito o
desenrolar, Sol recebe um SMS de um número desconhecido, que alguém parece ter
enviado por engano e ao responder explicando o equívoco da pessoa, alimenta uma
conversa com um garoto, que no fim de tudo a mostra que “quando você se abre
para a vida, a vida se abre para você”.
O verão em que tudo mudou me
deixou encantadíssima, não só pela maravilha e criatividade acerca desses três
contos, mas também pela beleza de ler algo tão bacana vindo de pessoas tão
jovens da nossa literatura, isso instiga o leitor de forma altamente positiva a
se abrir e valorizar ainda mais os nossos novos autores. Esse livro foi
indiscutivelmente uma grata surpresa. Recomendadíssimo!
Oi Thay =)
ResponderExcluirVou confessar que não curto muito contos, mas esse livro parecer ser uma graça mesmo.
Beijos;***
Ane Reis | Blog My Dear Library.
Oi, Thay!
ResponderExcluirEu acho essa capa super fofa! E li muitos elogios ao livro. Talvez eu dê uma chance.
Beijos
Balaio de Babados
Participe das promoções em andamento e ganhe prêmios maravilhosos
Não conhecia o livro nem os autores, mas a capa é muito bonita! Contos é um género que não me aventuro muito.
ResponderExcluirMRS. MARGOT
Olá Thay.
ResponderExcluirEu vejo bastante esse livro no facebook, mas essa é a primeira resenha que leio dele. Não sabia que era de contos. Não sou tão fã de contos, mas gosto desses livros de contos que as histórias se ligam.
Prefácio
Olá, Thay
ResponderExcluirEssa edição é tão linda! Eu fiquei namorando ela na Bienal, mas estava carinha.
O conto que mais chama minha atenção é o último, assim que o preço der uma diminuída eu vou comprar!
Beijos
- Tami
http://www.meuepilogo.com
Oi, Thay!
ResponderExcluirEu conheci a Thais e o Viníncius na Bienal do Livro Rio desse ano. Os autores são uns fofos <3 Louca para ler esse livro deles!
beijos
Psicose da Nina | Instagram
Colunista no Estante Diagonal
Oi Thay, tudo bem?
ResponderExcluirEu recentemente não tenho lido muitos YA, mas confesso que me interessei muito pela premissa desse! Vai para a listinha de desejados! Adorei a resenha e as fotos!
Com Carinho,
Ana | Blog Entre Páginas
www.entrepaginas.com.br